Você sabia que é possível realizar o pagamento mínimo do cartão de crédito? Em situações de dificuldades financeiras, essa é uma das alternativas para evitar a inadimplência da fatura.
De modo geral, trata-se de uma modalidade de crédito: a instituição financeira empresta a quantia necessária para completar o valor integral da fatura. No mês seguinte, o titular da conta deverá arcar com a quantia devida mais o acréscimo de juros.
No entanto, o pagamento mínimo envolve altas taxas de juros, que podem ultrapassar a casa dos 400% ao ano. Assim, é importante ressaltar que seu uso deve ser feito com cautela e apenas em situações temporárias. Venha com a gente e entenda tudo sobre o assunto.
O que é pagamento mínimo do cartão?
Também conhecido como crédito rotativo, o pagamento mínimo do cartão é o procedimento bancário no qual a fatura é quitada parcialmente. O valor restante é financiado pelo banco, e são aplicados juros ao saldo pendente.
A proposta é garantir tempo para que o titular do cartão se reorganize financeiramente e consiga quitar a fatura integral. No entanto, como veremos a seguir, essa modalidade de crédito pode levar a acúmulos crescentes de dívidas.
Como funciona o pagamento mínimo do cartão de crédito?
Em geral, a própria fatura apresenta a descrição das informações referentes ao crédito rotativo. Por meio dos aplicativos digitais, pode-se confirmar os valores e autorizar o pagamento parcial do cartão, sendo que a adesão ao crédito rotativo é automática.
Vale ressaltar que o cálculo exato do valor mínimo depende da instituição financeira envolvida. Em média, muitos bancos utilizam a faixa de 15% a 20% da fatura.
Após o pagamento mínimo, o valor remanescente será automaticamente transferido para a fatura seguinte. No entanto, também serão adicionados os tributos referentes à transação realizada.
O uso do crédito rotativo é limitado a uma vez a cada 30 dias, conforme as regulamentações governamentais. Essa restrição busca evitar que as dívidas se acumulem descontroladamente, preservando assim a estabilidade das finanças pessoais.
Portanto, o pagamento parcial deve ser utilizado com cuidado, apenas em situações de urgência. Só escolha essa opção após fazer os cálculos de juros e se certificar que o valor total estará dentro de suas possibilidades — e se realmente não houver outra solução.
Vale a pena pagar o valor mínimo da fatura do cartão?
Os juros rotativos são historicamente associados a valores extremos. Em maio de 2023, segundo dados do Banco Central, a taxa dos 12 meses anteriores acumulava 447,7%.
Tendo em vista a agressividade dos juros, o pagamento mínimo funciona como última medida a ser adotada para evitar a inadimplência. Afinal, a dívida pode rapidamente se acumular, tornando-se progressivamente mais difícil de ser quitada.
A depender do nível de endividamento, a instituição financeira pode solicitar a inscrição das pendências nos órgãos de proteção ao crédito, como o Serasa. Como consequência, o CPF do titular se tornará restrito, prejudicando ainda mais o acesso a novas possibilidades de crédito.
Portanto, antes de aderir ao pagamento mínimo, recomenda-se primeiro avaliar outras soluções mais abrangentes e acessíveis para superar as dificuldades financeiras. Por exemplo, pode-se solicitar a renegociação da dívida ou mesmo a aquisição de uma linha de crédito com juros mais suaves.
Somado a isso, organizar e controlar os gastos e despesas irá facilitar a estabilização das finanças pessoais. Utilize planilhas e aplicativos digitais específicos para acompanhar suas movimentações bancárias e elaborar seu orçamento mensal.
Mantenha também em dia o plano de contenção de gastos e reduza progressivamente o valor das faturas. Algumas metodologias de educação financeira sugerem o limite de 30% do salário líquido para gastos com cartão de crédito.
Escolha a alternativa mais econômica e evite custos adicionais que podem prolongar a duração da dívida!